NA NATUREZA SELVAGEM – Into the Wild

Cartaz do filme NA NATUREZA SELVAGEM – Into the Wild

Opinião

“A felicidade só é real quando compartilhada.”

O que é a liberdade para você? É se ver livre do status quo, das regras e padrões impostos pela sociedade? É dar as costas para a relação hipócrita e materialista e negar os laços familiares? É prescindir de dinheiro, carro, diploma, terno, gravata, estado civil e até do próprio nome? Pois é. Para Christopher McCandless , liberdade era ir ao encontro do seu eu mais íntimo, até entender que formos feitos para nos relacionar.

Christopher é um excelente aluno, recém-formado, que joga dinheiro, futuro estável, família, vínculos para o alto e vai viajar pelos Estados Unidos, sem rumo. Sempre refletindo sobre sua condição e sobre o que quer da vida, encontra pessoas bem diferentes pelo caminho, com que se relaciona e consegue ser verdadeiro – como nunca fora com seus familiares. Mas não se firma, não estabelece vínculos – como se eles fossem o maior dos problemas. Realiza o sonho de chegar no Alasca, onde a solidão e a própria natureza dão conta de mostrar-lhe que não fomos feitos para vivermos sozinhos.

Isso fica claro nos encontros pelo caminho. Independente do estilo de vida, as pessoas se relacionam, se comunicam, dependem e contam umas com as outras. E que essa é a base da liberdade feliz – ter elos, cuidar deles e deixar que eles cuidem de nós.

O filme toca fundo quando se sabe que a história é real. McCandless deixou tudo registrado num diário, que virou livro pelas mãos de Jon Krakauer (de No Ar Rarefeito). Sean Penn (do espetacular Milk – A Voz da Igualdade) contou com a opoio da família McCandless para produzir o filme e consegue realmente mostrar a profundidade desse grande questionamento.

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