sociedade
Definitivamente, o Pinóquio de Matteo Garrone não é pra qualquer um. Nem pra qualquer idade. Sombrio – tanto na paleta de cores, quanto no clima que norteia os personagens -, a história do boneco de madeira que sonha em virar menino de verdade nada tem a ver com a animação lançada em 1940 pela Disney. […]
Estatísticas de instituições que defendem os diretos da criança e do adolescente apontam que há cerca de 250 milhões de crianças trabalhando no mundo. Das quais, mais da metade está em condição de risco. Crianças do Sol joga luz nessa realidade lá no Irã, mas poderia ser por aqui também. Ali é um garoto de […]
Antonio Pitanga é a Casa de Antiguidades na sua íntegra. Aliás, é tão atroz a realidade que a integridade de Cristovam, seu personagem, se desintegra e só restam delírios. Repleto de signos da nossa sociedade e sua estrutura racista, este primeiro longa do diretor João Paulo Miranda Maria deixa aberta a ferida da desigualdade que […]
“Quando a imprensa se curva diante das autoridades, elas maltratam o cidadão.” Colectiv é sobre denúncia, sobre o poder da imprensa diante de autoridades corruptas. Em 2015, a boate Colectiv pega fogo, as saídas de emergência não funcionaram, 27 pessoas morrem. Há dezenas de feridos que são atendidos nos hospitais, mas que começam a morrer […]
No título original, Deus não é mulher, ele apenas existe. Em português, a escolha é por ressaltar que, nesse mundo machista, justificado pelas religiões sim, senhor, Deus pode ser de qualquer cor, qualquer sexo, qualquer procedência. E não depende de aprovação de ninguém. Aliás, o filme pergunta: que regras são essas impostas pela religião dos […]
O escritor John Ajvide Lindgvist imagina histórias de gente que não existe. Mas que a gente acredita existir, tamanha a sua humanidade. Embora não faça sentido, seus personagens estão cobertos por dilemas universais como o bullying, a rejeição, o não-pertencimento. Também autor de Deixa Ela Entrar, Lindgvist escreve Border, que o sueco Ali Abbasi traduz […]
A peça O Beijo no Asfalto foi escrita por Nelson Rodrigues e encenada, pela primeira vez, em 1961. Foi pensada para o teatro naquela época, mas parece ser atemporal. Isso impressiona – pela urgência dos assuntos e pela postura das pessoas, que parecem estar ainda naquele lugar da hipocrisia e do preconceito da década de […]