SAINT LAURENT

Cartaz do filme SAINT LAURENT

Opinião

Quem tem boa história pode contar o mesmo conto quantas vezes quiser. Não há como a vida de um personagem como o estilista Yves Saint Laurent se esgotar. Digo isso porque este ano é o segundo filme lançado sobre o artista e parece que sempre há um novo olhar. Quem não viu a produção do francês Jalil Lespert, comentado aqui na coluna na época do seu lançamento (colocar o link), já pode ver em home vídeo.

Entra em cartaz hoje a versão do diretor também francês Bertrand Bonello sobre o auge da carreira do estilista que eternizou o prêt-à-porter. O recorte feito entre os anos de 1967 e 1976 joga o holofote na figura singular que ele foi, muito bem representado pelo ator Gaspard Ulliel – é inclusive a indicação da França para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

Indicado para a Palma de Ouro em Cannes neste ano, o filme tem o reforço superimportante da atriz francesa bola-da-vez Léa Seydoux (também em Azul é a Cor Mais Quente e Adeus, Minha Rainha) e do ótimo ator belga Jérémie Renier (também de O Garoto de Bicicleta). E ganha uma linda e charmosa reconstrução de época, pra ninguém botar defeito.

Vale seu ingresso, mas prepare-se para uns minutos a mais no cinema – o filme é mais longo, mas compensa pela estética e pela vida, no mínimo diferente, desse gênio da moda. E compare as versões. É sempre um exercício interessante e a gente só tem a ganhar. Histórias de vida como essas não se fazem todos os dias e fazem bem os cineastas de explorá-la. Ainda mais quando é para viajar no tempo e nos contar aquilo que não sabemos!

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