RASGA CORAÇÃO

Cartaz do filme RASGA CORAÇÃO

Opinião

Rasga Coração é bem isso mesmo – fala de ruptura, de choque de gerações, da necessidade de ir a fundo no entendimento das diferenças pra construir relações pessoas mais tolerantes – o que vale para o país também. Escrito por Vianinha em 1974, parece que vai ser sempre assunto na pauta do dia.

O filme de Jorge Furtado se passa em duas épocas, 1979 e 2013; no final do anos 1970, o revolucionário Manguari peita o regime militar e conhece Nena, sua futura mulher; em 2013, ele é funcionário público, nutre um perfil bem conservador, tem casamento ficou morno e não sabe lidar com o filho (Chay Suede), que gosta de se vestir de mulher e que não se enquadra nos padrões exigidos no colégio tradicional do Rio de Janeiro. Marco Ricca (também em Sueño Florianópolis) e Drica Moraes (a grande pérola do filme) são o casal desconectado, mas ainda um casal que escolhe a zona de conforto da vida que segue – a cena final, no apartamento de Copacabana, é prova disso.

Humano, fala da política e da sociedade, das relações íntimas com os outros e consigo próprio. Vai pro lugar comum, é verdade, mas o comum que fala com todos nós. E com o Brasil, é claro.

 

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