MILK – A VOZ DA IGUALDADE – Milk

Cartaz do filme MILK –  A VOZ DA IGUALDADE – Milk

Opinião

“Não podemos viver só de esperança, mas sem esperança não é possível viver.”

Milk é realmente muito bom. Quem não viu, assista. Eu vi no cinema e revi agora. Vale a pena, a começar pela atuação de Sean Penn. Merecido o Oscar que ganhou pelo trabalho, mas merecido também o reconhecimento do equilíbrio do roteiro original. Acompanhei a história real do ativista Harvey Milk quase como se fosse um documentário, ainda mais porque tem aquele recurso que eu adoro, que são as imagens reais mescladas com as ficcionais.

O tema é extremamente atual e se encaixa em qualquer seara da vida que inclua preconceito, minorias, diferenças de direitos. Harvey Milk é homossexual e luta, na São Francisco dos anos 70, para que os gays tenham os mesmos direitos que qualquer outro cidadão. Com sua militância política vence nas urnas e torna-se o primeiro homossexual assumido a ser eleito para um cargo público nos Estados Unidos. A ambientação de época é muito bem construída, inclusive figurino, costumes, música, o que torna o filme ainda mais verossímil.

O ponto principal, a meu ver, vai muito além da homossexualidade em si, de aprová-la ou rejeitá-la. Esbarra na questão mais crônica da intolerância humana, no direito que as pessoas se dão de fazer julgamentos, na hipocrisia da nossa sociedade, na crença da superioridade de credos, raças ou orientação sexual. Fica claro – e esse é o mérito do personagem – que a luta de Harvey é pela igualdade de direitos, como diz o subtítulo do filme. E seria a mesma se ele pertencesse a qualquer outra minoria.

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