RIO, EU TE AMO – Rio, I Love You

Cartaz do filme RIO, EU TE AMO –  Rio, I Love You

Opinião

Adoro o que se chama de cinema de autor. Aquele em que a gente vê – e principalmente sente – o estilo de quem idealizou a mensagem transferida para a tela. No caso de Rio, Eu Te Amo, parte do projeto Cities of Love, a ideia é bem simples e muito interessante. Do que você se lembra quando falamos de Paris? E Nova York, remete a quê? Que história você gostaria de contar sobre o Rio?

Foi assim que nasceram os filmes sobre as cidades, sob o olhar de diversos diretores, sempre com um roteirista amarrando personagens aqui e ali. Tipo mosaico: histórias de vida que acontecem nas cidades ícones e de pessoas que se cruzam, se conhecem, se amam, se detestam e que, assim, criam a identidade daquele local.

Pessoalmente, adoro as versões Paris (2006) e Nova York (2009) e recomendo sem medo de errar. Agora temos uma leitura da Cidade Maravilhosa e ainda virão filmes sobre Xangai e Jerusalém. Dividido em episódios, cada um dirigido por um cineasta, Rio, Eu Te Amo conta com atores consagrados como Fernanda Montenegro (quadro sensível, por Andrucha Waddington), Wagner Moura (boa conversa com o Cristo, por José Padilha), Rodrigo Santoro (bonito balé, por Carlos Saldanha), que encenam, essencialmente, trechos de vidas comuns.

Claro que o destaque é sempre a paisagem exuberante carioca, mas gosto mais quando o viés é humanista e casual. Como aquele dirigido pela libanesa Nadine Labaki (também de Caramelo), em que um garoto espera uma ligação Jesus em um orelhão. Descontraído e bem humorado, é a cara do Rio. Mais episódios deviam ter esse olhar, para que o filme não tivesse uma cara de peça publicitária. Escolha seu preferido, seja o casal estrangeiro de Paolo Sorrentino, seja a calçada de Copacabana de Fernando Meirelles. Tem para todos os gostos, mas o mais bacana dessa ideia é pensar o que você faria se filmasse seu curta sobre o Rio. Qual seria o seu recorte?

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