DE AMOR E TREVAS – A tale of love and darkness

Cartaz do filme DE AMOR E TREVAS – A tale of love and darkness

Opinião

Baseado no livro homônimo do escritor israelense Amos Oz sobre sua infância, Natalie Portman escreve o roteiro, dirige e faz o papel da mãe de Amos em De Amor e de Trevas – figura central na formação literária do escritor, além de ter importância fundamental na construção do afeto e da condição conciliadora e pacífica que ele defende em suas obras.

O título original fala em um “conto de amor e trevas”. É bem isso, porque tem um tom que mescla o imaginário dos personagens, as histórias que a mãe conta para o filho e a narrativa da história de Israel, quando termina o mandato britânico na região e foi criado o estado judeu em 1947.

De Amor e Trevas tem um tom poético e segue o ritmo da vida de Fania (Natalie Portman, também em De Canção em Canção, Cisne Negro, Um Beijo Roubado). Apesar de amorosa, é emocionalmente instável e acaba não conseguindo dar conta de tocar a vida e administrar os conflitos familiares (com a mãe), políticos (a instabilidade em Jerusalém), emocional (a perda dos familiares na guerra). Amos Oz acompanha tudo na infância e é ele quem narra (na voz de um ator) a história. É o seu ponto de vista em relação à família, à política e ao seu futuro, tanto quanto adulto, como quando criança. O olhar de Amos começa a ser moldado aí – pelo menos o filme mostra um garoto sempre atento e observador, que vai dar voz às suas opiniões políticas e reflexões, e vai se tornar um contador de histórias profundas e instigantes.

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