QUEM SE IMPORTA

Cartaz do filme QUEM SE IMPORTA
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Opinião

Se lhe perguntassem o que é um empreendedor social, o que você responderia? É aquele que ajuda o próximo, que monta projetos, que muda a vida de uma comunidade? Sim, mas antes de qualquer coisa, é aquele que acredita e faz acontecer. Não importa se tem dinheiro, se tem um projeto viável. O que importa é se incomodar com a pobreza, com a miséria, com a injustiça, com a vida sem dignidade. E a sociedade civil que se importa, já consegue transformar muita coisa.

Com essa premissa, a diretora Mara Mourão corre o mundo colhendo depoimentos de vários empreendedores sociais, das mais diversas categorias e nacionalidades. Desde um padre que criou uma moeda nova para que a riqueza e a produção circulassem dentro da comunidade, até a advogada que coloca profissionais à disposição dos injustamente encarcerados; do médico que leva educação e saúde através do barco hospital, que chega nas regiões mais remotas da floresta, à médica que criou centros de acolhimento às famílias de pacientes com leucemia; do professor em Bangladesh que livrou os miseráveis das mãos dos agiotas financiando, ele mesmo, os pequenos investimentos para viabilizar pequenos projetos da comunidade, ao nigeriano que criou banheiros para comunidades pobres, que gerencia e embolsa 60% da renda; do monge que treina ratos para detectar tuberculose e minas terrestres, liberando áreas para cultivo que antes eram inutilizadas, ao palhaço que leva alegria e arte às crianças internadas em hospitais, humanizando o tratamento de saúde.

A base do documentário é mostrar que o conhecimento para empreender socialmente vem da tomada de consciência do seu poder transformador, mais do que da educação formal que você possa ter tido, experiência como empresário, etc. Com narração de Rodrigo Santoro, ficamos conhecendo iniciativas de organizações ao redor do mundo, que trabalham para fazer as pessoas perceberem que todos podem ser transformadores, envolvendo a comunidade nos trabalhos, para que tomem as rédeas do poder e guiem seu desenvolvimento.

Eu não conhecia muitas dessas organizações e confesso que fiquei comovida, principalmente com a capacidade desses empreendedores de acreditar que uma vontade pode se tornar uma ideia, que se torna um projeto modificador, que é o multiplicador de mudanças. Processo que poderia se chamar ‘cidadania’, pura e simplesmente. Bem feito e tocante, Quem Se Importa vale ser visto para conhecer o que já foi implementado e pensar em tudo que ainda pode ser realizado. Inspirador!

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