PAIS E FILHAS – Fathers and Daughters

Opinião
Sem apresentar nada de muito novo, Pais e Filhas toca em questões universais que podem sim levar você às lágrimas durante o filme. Relacionamentos, claro! O ponto aqui não é nem analisar se o filme é meloso, se a atuação de Russell Crowe é arrastada, se o enredo convence. A questão aqui é a seguinte: está a fim de ver um filme sobre um pai que perde a esposa num acidente e tem que cuidar sozinho da filha? Sobre essa filha que cresce, carrega os traumas para a vida adulta e sofre pra finalmente amadurecer? Falei que não tinha novidade, mas o tema recorrente acaba emocionando e muita gente vai se identificar com a trama.
Dito isso – e você ciente de que não está diante de um filmaço – deixe a emoção rolar. Crowe é um escritor que fica viúvo, não consegue produzir um novo e bom livro, precisa cuidar da filha pequena e dar conta de controlar seus surtos psicóticos. Paralelamente vem a história dessa menina já adulta (Amanda Seyfried, também em Enquanto Somos Jovens), que estuda psicologia, envolve-se sexualmente com qualquer homem, mas tem medo em aprofundar as relações. Até que conhece Cameron (Aaron Paul, também em Decisão de Risco), por quem, finalmente, se apaixona.
Pais e Filhas atinge aquele ponto obscuro – mesmo que superficialmente – onde ficam guardados os sentimentos mal cuidados do passado. E esse lugar, todo mundo sabe qual é. Não? É aí que mora a emoção do filme.
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