ONE OF US

Cartaz do filme ONE OF US

Opinião

One Of Us mostra bem que preço se paga por não querer mais ser “um de nós” – entenda-se um membro da comunidade hassídica de Nova York. Os hassídicos são judeus ortodoxos, com senso de comunidade fortíssimo e regras de comportamento e religiosidade extremamente rígidas. Quem toma a difícil decisão de sair e tem coragem pra isso, vai ser um pária pro resto da vida.

O preço é altíssimo. Sair da comunidade significa perder totalmente a identidade. Baseado na vida de três membros que não suportavam mais viver sob tamanho controle, as diretoras Heidi Ewing e Rachel Grady, também responsáveis pelo documentário Jesus Camp, sobre outro extremismo religioso, desta vez cristão, mostram o tamanho da dificuldade de reconstruir a vida depois dessa separação.

Etty, mãe de sete filhos, sofria abusos por parte do marido, pede o divórcio, perde a guarda das crianças. Ari tem sede de conhecimento, bate de frente com as restrições da educação hassídica, mergulha nas drogas e no álcool, faz tratamento e busca encontrar um grupo com que se identifique para seguir a vida. Luzer abandona a mulher e o filho, muda de estado, recomeça do zero e consegue se reerguer trabalhando como ator. Os relatos são comoventes e fortes – prova da intolerância e do sofrimento causado por visões tão unilaterais da vida.

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