O HOMEM DE AÇO – Man of Steel

Cartaz do filme O HOMEM DE AÇO – Man of Steel

Opinião

O Homem de Aço novo pode ser dividido em duas partes: a primeira é menor e vai muito bem. Ainda estamos em Krypton, onde nasce o Super-Homem e onde somos apresentados ao grande dilema do filme. Por ambição, há uma cisão no comando do planeta, o general Zod quer acabar com tudo que o bom Jor-El (Russell Crowe) construiu. Para proteger seu filho recém-nascido, El envia Kal-El para a Terra, que será encontrado por uma família bondosa (Kevin Costner e Diane Lane) e batizado de Clark Kent. Humano com uma força extraordinária, Kent precisa buscar suas raízes, descobrir de onde veio e por quê.

Até aqui estamos falando de um sujeito mais humano do que herói, muito embora o ator Henry Cavill não seja como os super-heróis repaginados que vimos nos últimos anos. Com interpretações muito boas, vimos um Homem-Aranha, um Batman, um Homem de Ferro feitos de gente de verdade – se é que isso é possível. Este Homem de Aço não interpreta muita coisa. Com uma beleza física impecável – tenho que confessar – é literalmente feito de aço.

Quem dirá isso é Lois Lane, a insaciável repórter e eterna apaixonada pelo Super-Homem. Interpretada por Amy Adams (também em Curvas da Vida, O Vencedor, Julie & Julia, Dúvida), ela tem que se sujeitar a mundos e fundos para conquistar o galã – e acaba tendo sua presença no filme, dando o ar necessário de romance e amor platônico.

A segunda parte a que me referi acima chega quando o circo todo está armado. No momento em que o general Zod desembarca na Terra, munido de sua trupe, suas armas poderosíssimas e arrasa tudo e mais um pouco. As cenas de combate entre Zod e o Homem de Aço são de pura destruição, com efeitos especiais que se prolongam por um tempo longo… demais. Claro, isso para quem se cansa com repetições sobre o mesmo tema – o que é o meu caso. Não sobra nada e a falta de narrativa nesse plano de ação deixa o super-mega-herói um pouco over demais da conta. Tudo bem que ele é super – e tudo bem que eu aprendi a gostar de filmes de heróis fantásticos, que essa onda de humanizar a lenda ficou charmosa, que ando revendo trilogias para entender a trajetória “real” dos salvadores da pátria, mas dava pra ser um pouco menos.

Começou com uma narrativa mais estruturada, mais humanizado, apesar de falarmos de seres extra-terrenos. Terminou perdendo um pouco o pé aqui na Terra. Que é uma superprodução impressionante, não há dúvida. Mas em se tratando de superlativos ao avesso, neste caso a máxima “menos é mais” se ajusta perfeitamente.

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