O GRANDE GATSBY – The Great Gatsby

Cartaz do filme O GRANDE GATSBY – The Great Gatsby

Opinião

Lançamento em grande estilo. Uma estação do metrô de Londres foi repaginada para dar a impressão de que as pessoas estão no salão de festa do magnata Gastby, em pela década de 1920; a rua Oscar Freire, em São Paulo, ganhou cenário e ações de marketing que relembram o filme e o glamour da época. Tudo para fazer a ambientação deste grande lançamento do dia 07 de junho.

Não deixa de ter lógica, esse movimento da caracterização. Afinal, a produção do filme é rica e reconstitui os gloriosos anos 1920 nos Estados Unidos, em que se ganhava muito dinheiro na Bolsa e o luxo era excessivo. Também é lógica, porque é esse o forte da adaptação da obra de F. Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby, por Baz Luhrmann. Sem conseguir me apaixonar pelos personagens como esperava, o cenário e o figurino são o que realmente salva.

Chega a ser decepcionante e, pelo que li, foi também assim para o pessoal que assistiu em Cannes. Uma fria recepção. A expectativa de que o romance entre o excêntrico novo-rico Gatsby (Leonardo DiCaprio, também em A Origem, J.Edgar, Django Livre, A Ilha do Medo, Foi Apenas um Sonho) e a bem nascida Daisy (Carey Mulligan, também em Drive, Educação, Shame) fosse ser impactante à primeira vista, logo cai por terra.

Dizer que Leonardo DiCaprio não convence pode parecer exagero, mas a impressão que tive é de que ele não entra no filme, de que também é espectador. Faltou Luhrmann investir na liga entre os personagens. Eu me senti como um dos convidados das megafestas de Gatsby: alguém que come, bebe e dança, mas sai exatamente como entrou, sem entender o que era tudo aquilo. E assim, como quem está meio perdido e com tempo de sobra, dá para apreciar o lindo visual com bastante calma.

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