MAZE RUNNER – CORRER OU MORRER – The Maze Runner

Cartaz do filme MAZE RUNNER – CORRER OU MORRER – The Maze Runner

Opinião

É verdade que parece um tema déjà vu. Já assistimos à série Jogos Vorazes e Divergente, em que o presente como o conhecemos foi devastado e a única forma de futuro possível é dentro de muros supostamente de proteção. Os humanos restantes lutam para sobreviver a um mundo hostil, dividido por classes, de acordo com critérios quaisquer. Também é curioso que todos eles são adaptações de trilogias literárias – como se faltasse criatividade aos diretores. Ou talvez eles pensem – com certa razão financeira – que é melhor garantir o sucesso nas telas com algo que, sabidamente, faz sucesso na milionária fatia consumidora que são os jovens.

E mais: é – e sempre será – uma faixa etária consumista de aventura. Em abundância. Querem transgredir, alçar vôos, se lançar no desconhecido. Confesso que fiquei entretida e absorvida pela trama de Maze Runner, que melhor seria se tivesse um título ligado ao grande protagonista do filme: o labirinto – que não deixa de ser uma grande metáfora da vida, da passagem para a vida adulta e tudo mais que você queira imaginar. Algo como Corrida no Labirinto? Ou simplesmente: Labirinto. Gosto mais, porque o subtítulo Correr ou Morrer só fala da única coisa que já se sabe ao assistir ao trailer: garotos são levados a uma clareira de forma misteriosa, por uma razão ainda mais nebulosa e poucos conseguem sobreviver à sinistra “corrida” no gigantesco labirinto que a circunda. Vivem presos e, logicamente, como sempre acontece com um grupo que vive enclausurado, há líderes, subalternos, luta por poder, ordens cumpridas e muitas, mas muitas desavenças.

Para quem leu a trilogia, é claro que parte do suspense não existe. Sim, porque fica muita coisa no ar, o paradeiro dos garotos não se explica. Pelo contrário, fica ainda mais confuso e deixa, é verdade, uma boa dose de curiosidade no ar. Por que os adolescentes vão parar na clareira é o grande mistério e instiga bem a assistir à sequência. É uma boa aventura. No mínimo bem feito e com bom desfecho que não fecha nada. Ou seja, uma boa jogada comercial para um formato que faz sim sucesso entre os adolescentes – e entre aqueles não tão jovens assim que se deixam envolver por uma bacana ficção científica!

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