GIGANTE

Cartaz do filme GIGANTE
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Opinião

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o diretor Adrián Biniez diz que escreveu o roteiro de Gigante com base na frase anotada em um caderninho: “agente de segurança se enamora de empregada da limpeza num supermercado”. É simplesmente isso. E de tão simples o filme se tornou um retrato humano e sensível de uma relação idealizada através das câmeras de segurança de um supermercado.

Vencedor do Urso de Prata em Berlim e do Kikito de melhor roteiro em Gramado, Gigante é um filme parado, com pouquíssimos diálogos – por isso, não indico para quem prefere filmes rápidos e divertidos. É através da movimentação dos personagens que a história é contada. Jara, o segurança, apaixona-se por Julia, uma das moças da limpeza. Mas não tem coragem de abordá-la, então acompanha seus passos através das câmeras espalhadas pelo estabelecimento e segue a moça pela cidade quando ela vai à praia, ao cinema, às compras e até quando vai se encontrar com outro homem. Tudo de uma maneira sutil, cotidiana. Consegue até dar um toque de humor, colocando um leve sorriso nos lábios dos atores.

Gigante chama a atenção pela sensibilidade do rapaz apaixonado e realmente pela simplicidade na produção e pretensão do filme. O que se pretende? Acho que justamente ser despretensioso, falar de gente comum. Até a escolha do protagonista foi assim. Horacio Camandulle trabalha como professor e às vezes como ator teatral. Esse foi o primeiro filme dele. Bom começo.

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