HOTEL ATLÂNTICO

Cartaz do filme HOTEL ATLÂNTICO
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Opinião

Um road movie solitário. Nem acho que seja isso, um road movie como diz a sinopse. Acho que está mais para uma jornada solitária de um ator desempregado (Julio Andrade), que cai na estrada por falta do que fazer, por falta de objetivo. Não tive a sensação de viajar junto com o personagem de Alberto, como o espectador deve ter quando está diante de um bom road movie. Tive mais a sensação cansativa de  acompanhar um sujeito sozinho, perdido, sem rumo, que vai se relacionando com as pessoas à medida que as encontra. Um road movie nos leva junto na viagem; Hotel Atlântico me deixou estacionada com esse personagem que não ata, nem desata. Cansada.

Pena ter tido essa sensação. Não era o que eu esperada – e é preciso levar em consideração que aprecio, e muito, filme contemplativos, introspectivos. O último que vi nesse estilo – mas infinitamente superior em profundidade, graça e emoção – é de Histórias que Só Existem Quando Lembradas, de Julia Murat. Esse sim, é lento, mas profundo; lento, mas necessário e cheio de significado. Hotel Atlântico se restringe aos tropeços de Alberto, que vaga por cidades sem lenço nem documento, dormindo onde encontra abrigo, falando com quem lhe dá atenção. Mas não apresenta nada de muito especial, muito embora tenha sim situações interessantes. A melhor delas é o seu encontro com a polonesa no ônibus. Encontro que se transforma em confissão, ponto final.

Quando publiquei aqui a lista de 10 filmes brasileiros recentes e interessantes, recebi a dica de Hotel Atlântico de um leitor. Sempre válida e preciosa, a dica. Talvez não tenha sido propícia para a hora, o momento e meu estado de espírito. Ainda fico devendo outro filme da diretora, A Hora da Estrela. Para outra hora.

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