Opinião

Não assisti ao primeiro Gente Grande e confesso que não vou perder meu tempo. Normalmente quando surge a sequência de algum filme e, por algum motivo, não vi o primeiro, faço isso logo. Mesmo que não seja necessário para o entendimento do filme, mas pode ser mais divertido. No caso deste filme, siga meu conselho: se viu o primeiro, dê-se por satisfeito, porque o estrago já está feito. Não piore as coisas; gaste seu dinheiro e seu tempo com algo que valha realmente a pena.

Nem risada o filme rende. E eu até acho a ideia boa – bem masculina, é claro. Trata-se do encontro de vários amigos já adultos, casados e pais de família, mas que se negam a crescer. Continuam ainda fazendo as mesmas brincadeiras que faziam quando eram moleques, mas neste caso beiram o ridículo e o grotesco. Nem enredo o filme tem direito. Lenny (Adam Sandler) volta para a sua cidade natal para criar seus filhos perto de seus amigos. Várias piadas sem graça acontecem e Lenny decide fazer uma festa fantasia, com tema dos anos 80. Quem viveu esses anos vai identificar vários personagens, mas nada é de fato engraçado, muito menos a bobagem da luta com uma gangue de adolescentes liderada pelo ator Taylor Lautner, que também não diz a que veio (aliás, vai ser difícil esse ator se posicionar em algo ao menos inteligente).

Salma Hayek, ótima em Frida e esposa de Sandler no filme, é o que é: bonitona, aguenta as bobagens do marido e de seus amigos, sem conseguir fazer disso algo que salve o filme. A atriz Maya Rudolph, presente em boas comédias Missão Madrinha de Casamento e Solteiro com Filhos, também não se destaca. Continuo achando que o tema poderia render uma comédia divertida, mas fique muito, mas muito aquém. Não dá pra dizer muito mais que isso de Gente Grande 2.Pra quem acha que estou exagerando, dê uma olhada no trailer abaixo. Se decidir assistir, é por sua conta e risco!