FUNCIONÁRIO DO MÊS – Quo Vado?

Cartaz do filme FUNCIONÁRIO DO MÊS – Quo Vado?
Ano de lançamento:
País:
Gênero:
Estado de espírito:
Duração:

Opinião

Tudo muito caricato, mas tem um propósito. Tirar sarro da própria pátria e de todos os estereótipos que caracterizam um povo não é tarefa fácil. A chance de cair no ridículo é grande, mas Funcionário do Mês tem como trunfo as caras e bocas do ator Checco Zalone – comediante nato. Imagina alguém muito bom no palco, numa stand-up comedy, por exemplo. Eu imaginei este sujeito.

Se é pastelão? Não é. É uma comédia em tom de fábula: um garoto que sonha em ser funcionário público e seguir os passos do pai que valoriza, acima de qualquer coisa, a estabilidade do emprego. Pensar em trabalhar sem os benefícios que o Estado garante é a morte. Mas uma manobra política é feita para que os funcionários aceitem um pacote de demissão voluntária. Checco recusa, não troca a estabilidade por nada e acaba sendo transferido para os lugares mais inóspitos.

E é aqui que está a graça: entre os absurdos e exageros que o roteiro propõe, tudo tem a sua lógica dentro do que conto que pretende discutir. Quem trabalha com a mentalidade antiga, do trabalho estável, da rotina, do previsível não consegue se acostumar com a dinâmica contemporânea do jobs flutuantes, dos horários flexíveis, das famílias liberais, da quebra de paradigmas. Divertidíssimo – não é à toa que foi a maior bilheteria de todos os tempos na Itália. Saber rir das próprias mazelas é bom demais. E saber transformar isso em cinema interessante, é para poucos.

Trailers

Comentários