EU E MEU GUARDA-CHUVA

Cartaz do filme EU E MEU GUARDA-CHUVA

Opinião

Confesso que quando assisti ao trailer de Eu e Meu Guarda-Chuva, não me animei. Achei que seria uma tentativa frustrada de fazer um filme infanto-juvenil brasileiro. Mas fiquei surpresa porque agrada as crianças (não as pequenas, que saíram do cinema assustadas logo quando a aventura começa) e, de certa forma, também os adultos. Os atores mirins são bem dirigidos, a produção é interessante e a história mantém todos entretidos.

O trio que arma toda a confusão é composto por Eugênio (Lucas Cotrim, também em Do Começo ao Fim), Frida e Cebola, todos com 11 anos. No último dia de férias eles resolvem invadir o colégio que tem fama de misterioso. Dizem as más línguas que o fantasma do barão Von Staffen mora por lá, aprisionando crianças que não são capazes de responder às suas perguntas. A aventura do trio começa em São Paulo (as cenas do colégio foram filmadas no lindo prédio do Colégio Sion) e vai parar na Europa. Toda essa mobilidade dá dinamismo ao filme e garante o envolvimento das crianças – ainda mais com a pitada de romance, numa idade em que meninos e meninas passam a olhar para o outro com novos interesses.

Achei curioso o comentário de surpresa das crianças, quando perceberam que o filme era brasileiro. De fato não estamos acostumados a ver um filme de aventura feito no Brasil, fora do padrão Xuxa. Por outro lado, acho um exagero a comparação que foi feita, quando chamaram o filme de ‘Harry Potter brasileiro’. Não é para tanto e não chega nem aos pés em termos de produção e roteiro. De qualquer maneira, Eu e Meu Guarda-Chuva sinaliza que há mercado para aventuras infanto-juvenis fantasiosas, que elas são bem-vindas e há atores competentes para representar esse universo infantil. Só é preciso saber tratá-los como gente grande.

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