A ORIGEM DOS GUARDIÕES – Rise of the Guardians
Opinião
O Natal está nas telas de cinema na figura do protetor Papai Noel em A Origem dos Guardiões, acompanhado de outras figuras do imaginário infantil como a Fada do Dente, Coelho da Páscoa, Sandman e Jack Frost (estes dois últimos não são tão conhecidos na cultura brasileira). Portanto, no que diz respeito à magia e fantasia do Natal e à capacidade da criança de acreditar nas lendas e fazê-las, realmente, parecerem verdade, o filme é natalino e um ótimo programa para ver em família.
O escritor William Joyce (também do curta The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore, vencedor de melhor curta em animação no Oscar 2012) é autor da série Guardiões da Infância. Com base nela foi escrito o roteiro, que lindamente viabiliza, em imagens e diálogos, o grande mistério da infância: a capacidade inerente que a criança tem de acreditar em fantasias, em sonhos, em fábulas. Com a mente despoluída e sem preconceitos, é capaz de dar asas à imaginação, com base naquilo que é impossível.
O personagem novo entre os guardiões, que são escalados para protegerem as crianças, é Jack Frost, um garoto capaz de congelar o que vê pela frente com seu cajado. Não sabe porque foi escolhido, já que não acredita no seu potencial. O vilão? Claro que tem. Nada mais, nada menos que o tão temido Bicho Papão, que atormenta os sonhos das crianças quando Sandman, o guardião dos sonhos, dorme no ponto.
Além das aventuras dos heróis, é interessante como o filme explora o mundo da fantasia. Enquanto há crianças que acreditam no Coelho da Páscoa, Papai Noel, Fada do Dente, há fantasia e ela pode ser realmente vivida. Quando o medo é maior, ele se apodera de todos e tira imediatamente o brilho criativo, infantil e puro da infância. Não é para crianças pequenas, que realmente vão se assustar com o Bicho Papão e seus cavalos negros. É para crianças maiores, que já não acreditam que Papai Noel vem de trenó desde o polo norte, mas se encantam com a magia em torno das lendas e conseguem apreciar esse grande trunfo da infância: a fantasia. Ainda mais em 3D, o universo imaginário parece ainda mais real.
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