72 HORAS – The Next Three Days
Opinião
Apesar de toda impossibilidade da trama, 72 Horas é um suspense bacana, daqueles que não nos deixa desgrudar da tela. No mínimo ficamos curiosos para saber o final; no máximo, sentimos uma boa dose de aflição com as engrenagens mirabolantes de Russell Crowe (também em Robin Hood). Vale dizer que 72 Horas é uma releitura de Tudo Por Ela, ótimo suspense francês com Vincent Lindon (também em Bem-Vindo) e Diane Kruger (também em Bastardos Inglórios). Particularmente, prefiro o francês pelo inusitado do gênero, já que dos franceses normalmente esperamos intensos e profundos dramas familiares e pessoais.
Mas não há como negar que Crowe se presta muito para esse tipo de papel – o diretor Paul Haggis (também de Crash – No Limite) acerta na condução. No filme, seu casamento e sua vida familiar são perfeitos, até que sua mulher é tirada repentinamente de casa para ficar atrás das grades. Só ele acredita na sua inocência e por isso junta todas as forças para bolar o tal plano e tirá-la da cadeia. Ele é bom no papel da ‘missão impossível’ e conduz bem o drama familiar e a tensão que duram praticamente o filme todo. Embora não nos faça acreditar que aquilo tudo seja possível daquela forma, a transformação do personagem, que passa de cidadão honesto e trabalhador a alguém fora da lei, é bem construída e nos mantém entretidos. É uma boa opção de filme de ação para quem quer ir ao cinema e se divertir no feriado de fim de ano.
Estreia dia 24 de dezembro nos cinemas.
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