OBLIVION
Opinião
Os cineastas não andam muito otimistas com o futuro da Terra. Na animação Uma História de Amor e Fúria (em cartaz), o diretor brasileiro Luiz Bolognesi imagina um Rio sem água potável, frio, impessoal e completamente futurista nas vésperas do século 22. Em Oblivion, a visão é bem mais devastadora. Não sobra absolutamente nada. É um cenário sem alma viva, cinza, sombrio, inabitável.Estados Unidos, 2013
Algo como O Livro de Eli, em que o personagem de Denzel Washington tem que lutar contra milícias violentas que tomam conta de um território destruído, que um dia foi a Terra. Só que em Oblivion temos Tom Cruise, que é o grande chamariz do filme. Estamos em 2077, 60 anos depois do início de uma guerra contra alienígenas. A Lua foi destruída, a Terra ficou desorientada, tsunamis e terremotos destruíram tudo e extraterrestres tomaram conta do planeta. Quem sobreviveu foi levado para a Lua de Saturno, para onde Jack (Tom Cruise) também irá quando terminar a missão de defender as instalações suspensas que extraem os recursos naturais do que sobrou da Terra.
Oblivion é muito criativo na constituição do ambiente futurista e realmente perfeccionista no quisito ficção científica. Só acho que o filme que tem que explicar muito linearmente a trama no final, é porque pecou no roteiro. Roteiro bem amarrado vai deixando indícios pelo caminho e prescinde de uma narração didática de seus porquês. Em Oblivion parece que alguns detalhes ficam perdidos e faz o espectador dar algumas boas derrapadas.
Aliás, vale dizer que o título do filme se refere ao esquecimento, só que agora do processo de amnésia forçada a que foram submetidos os agentes encarregados de finalizar a missão na Terra. É aí que mora a trama toda, que tem um final absolutamente dispensável, mas previsível em se tratando de Tom Cruise. Mas o bacana é que pensando no desfecho, remete novamente ao filme O Livro de Eli, em que o saber é a esperança para a humanidade. Apesar de pessimistas, os cineastas acham que o conhecimento ainda é o que salva a raça humana! Há luz no fim do túnel.
Nos cinemas: 12 de abril
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