MULHERES DO SÉCULO 20 – 20th Century Women

Cartaz do filme MULHERES DO SÉCULO 20 – 20th Century Women

Opinião

Essencialmente feminino – inclusive pelo nome – Mulheres do Século 20 é intimista. Fala do diálogo entre três mulheres de diferentes gerações – não só entre elas, mas também de cada um delas com as questões vividas no seu tempo. No fim das contas, independente da época, o grande conflito é encontrar uma maneira de entender e viver melhor num mundo feito por e para homens.

Annette Bening (também em Minhas Mães e Meu Pai, Beleza Americana) nasceu nos anos 1920, é uma mulher à frente de seu tempo, espontânea e espirituosa, independe de homens, não se prende às tradições, se reinventa. Greta Gerwig (Frances Ha, O Plano de Maggie, Jackie) é da década de 1950, da cultura punk, feminista, arrojada, corporal. E Elle Fanning (Trumbo, Demônio de Neon, Super 8) é dos anos 1960, da psicanálise, rígida e analítica.

O filme se passa na Califórnia em 1979 e todas as questões femininas de comportamento, relacionamento, consumo, maternidade, adolescência, sexualidade, educação, papel do homem são tratadas através do adolescente Jamie, que é o olho do espectador observando o trio se movimentar. No fim, Mulheres do Século 20 fala de mulheres que problematizam tudo, analisam comportamentos e tomam consciência dos seus atos – o que permitiu observar, avaliar e sobreviver no século de guerras, desafios, avanços, em jornadas que as fortalecem, sem que para isso tenha que ter uma trajetória feminista chata e pedante. Pelo contrário, o filme é leve, tem humor e casualidade.

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