UM TIME SHOW DE BOLA – Metegol

Cartaz do filme UM TIME SHOW DE BOLA – Metegol

Opinião

Se fosse esperar para lançar em 2014, Juan José Campanella teria o gancho da Copa. Mas nem precisa, de verdade. Um Time Show de Bola faz sentido em qualquer contexto, claro. Vai além do futebol e do pebolim, e permeia pela máxima “a união faz a força”. Com todo o poder transformador que ela tem.

De fato, porque aqui estamos falando de jogadores de pebolim, adorados pelo menino Amadeo, que cresce, entra na vida adulta e continua considerando os bonecos seus melhores amigos. Até que seu rival de infância reaparece também adulto, mas todo-poderoso. Rapta sua amada, destrói seu pebolim e o deixa de mãos abanando. E desesperado. Da tristeza, os bonecos de pebolim ganham vida e viram, literalmente, o jogo.

Animação com sotaque e toque argentino, daqueles que costumo ressaltar aqui no blog. Toque de emoção, valorização das relações, sem lustrar demais, sem que para isso seja preciso virar um dramalhão. Personagens com defeitos humanos, mas com relações dignas de se mostrar num filme. E mais: qualidade da animação nota 10 – não deixa a desejar para nenhum estúdio americano. Juan José Campanella, para quem não lembra, é o cineasta argentino responsável por dois filmes memoráveis: O Filho da Noiva e O Segredo dos Seus Olhos, ambos com o astro Roberto Darin. Em Metegol (título original), não há personagens famosos. Mas se pudessem ser verdade, bem que fariam a torcida levantar e aplaudir de pé.

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