UM SENHOR ESTAGIÁRIO – The Intern

Cartaz do filme UM SENHOR ESTAGIÁRIO – The Intern

Opinião

Tem filme que faz a gente sair feliz do cinema: reúne bons atores, os personagens têm liga e empatia, equilibra graça e emoção, consegue mexer com nossas experiências mais banais e íntimas e é capaz de emocionar com gestos muito simples. Um Senhor Estagiário se encaixa nessa prateleira e não há quem me faça tirá-lo de lá.

Há dois brilhos fundamentais, rodeados por pérolas menores, mas não menos importantes, que fazem do filme uma verdadeira delícia. No centro estão Jules (Anne Hathaway, em O Casamento de Rachel, Os Miseráveis, O Diabo Veste Prada), uma jovem empreendedora, que montou um projeto de venda de roupas na internet, virou uma start-up, atraiu investidores e tornou-se um case de sucesso. Ao seu lado aparece o viúvo Ben (Robert De Niro, também em O Lado Bom da Vida, Estão Todos Bem, O Poderoso Chefão), que foi executivo de empresa tradicional durante décadas, está entediado com a vida de aposentado e se inscreve para concorrer a uma vaga de estagiário-sênior na empresa de Jules. O que acontece depois disso não tem nada a ver com a relação de superioridade entre empregador e funcionários, como foi o caso da personagem de Hathaway em O Diabo Veste Prada. Pelo contrário: aqui conta o lado humano, a experiência de vida em oposição às cruéis e competitivas leis de mercado, com a valorização de algo fundamental que é a confiança.

Ao redor de Jules e Ben estão personagens divertidos e muito bem colocados pela diretora e roteirista Nancy Meyers, também de Simplesmente Complicado, O Amor Não Tira Férias, Alguém Tem Que Ceder – filmes que têm uma vibração alto astral parecida esta. Os funcionários e estagiários da empresa, a massagista Fiona, a filha de Jules, o espaço físico da empresa, todos funcionam muito bem para compor o relacionamento afetivo e fraterno que surge entre a jovem empresária e seu senhor estagiário – nos dois sentidos da expressão. Belo título!

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