TROCA DE RAINHAS – L’échange des Princesses
Opinião
Vida de rainha não deve ser fácil. Ainda mais considerando a situação no século 18, a importância delas para a relação política entre os reinos e a posição da mulher que, convenhamos, era mero joguete. Troca de Rainhas, do francês Marc Dugain, traz uma história corriqueira e impressionante sobre como funcionavam os bastidores da realeza do centro do mundo.
Estamos em 1721, França e Espanha precisam encontrar uma maneira de manter a paz após longo período em guerra e a estratégia de trocar as rainhas parece bastante conveniente. Assim: o rei francês Luís XV tem 11 anos e se casa com a infanta da Espanha, Marie Victoire, de 4 anos – que, obviamente, brinca de boneca; em troca, o príncipe das Astúrias, herdeiro do trono da Espanha, casa-se com a filha do regente francês, Louise Elisabeth. Todos felizes, combinam pompas e circunstâncias em uma ilhota no meio de um rio entre os dois países. Estranho, pra dizer o mínimo.
Mas parte do modus operandi. Com uma bela direção de arte, Troca de Princesas é o que o próprio nome diz – e o que diz a sábia avó do futuro rei da França: mulheres são criadas para dar sequência aos reinos. Só isso. E só por isso já é uma história e tanto. Difícil ser princesa.
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