TED
Opinião
Não se iluda – nem anime seu filho. O lindo ursinho de pelúcia do pôster até sugere que Ted seja um filme infantil. No estilo de Os Smurfs, em que os homenzinhos azuis invadem a casa de humanos e embarcam em uma aventura, ou de Os Pinguins do Papai, em que os animais contracenam com Jim Carrey. Nada disso – nem de longe. Assista ao trailer e você terá uma pequena amostra do que eu estou dizendo.
E falo isso para não frustrar expectativas. Ted é um ursinho fofo sim. Foi o presente que John (Mark Walhberg, também em O Vencedor) ganhou de Natal, quando tinha 8 anos. Como era hostilizado pelos garotos da rua e não tinha amigos, desejou que o Ted pudesse realmente falar. Sonho realizado, viraram melhores amigos para sempre.
Aqui começa a história do garoto que vira adulto, mas esquece de amadurecer. Seu ursinho continua sendo seu melhor e inseparável amigo, só que assume a mais safada e desbocada personalidade. Estilo malandro, aproveitador, mulherengo. Só que ainda urso de pelúcia. A dinâmica dos amigos que adoram beber, fumar e assistir televisão juntos é quebrada pela namorada de John, Lori (Mila Kunis, também em Cisne Negro, que não aguenta mais lidar com um garotão, que é controlado e manipulado por um urso, no auge dos seus 35 anos!
Dei boas risadas. Confesso que Ted exagera no mau gosto diversas vezes, sendo grosso demais – portanto, se você se incomoda com um linguajar bem masculino, vulgarizado, talvez não seja a comédia ideal. Mas esse é o papel de Ted e também a intenção do diretor Seth MacFarlanee, criador das séries televisivas American Dad e Uma Família da Pesada, e da animação A Vaca e o Frango. Ted é irresponsável, debochado, engraçado e incorrigível. Com inúmeras referências ao cinema, o filme fez realmente a plateia de jornalistas se divertir. Jornalistas e adultos, que fique bem claro!
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