TARSILINHA

Cartaz do filme TARSILINHA
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Opinião

 TARSILINHA, como o nome já diz, nos remete imediatamente à artista Tarsila do Amaral, à Semana de Arte Moderna de 1922 (que faz 100 anos), à nossa cultura, cores e sabores, personagens e folclore, lendas e imaginário popular.

Obras de artistas sempre inspiraram filmes, mas o mais comum é vermos obras biográficas. Aqui, não é o caso. Assim como na animação “Com Amor, Van Gogh” (2017), o grande trunfo é falar do artista através das características de sua pintura – do seu traço, da sua cor, dos seus personagens, da sua simbologia; é colocar a história pra acontecer dentro da obra — dando a nós, espectadores, a oportunidade de passear pelos quadros e pelo imaginário de quem criou todo aquele universo.

TARSILINHA nos leva pra aventura dessa menina de 8 anos, que precisa resgatar as memórias de sua mãe, que foram roubadas por uma lagarta. A ideia fica charmosa e poética porque Tarsila vai passando pelos ambientes pintados pela artista. É no emblemático Abaporu que ela e seus amigos mergulham pra procurar as memórias — numa clara referência à simbologia desta obra que representa a ideia de devorar novas culturas pra produzir o novo . O texto é colorido, divertido e inventivo, assim como nossa língua portuguesa pode ser!

A trilha sonora acompanha o traço traço que dá vida à animação. É o mesmo dos quadros, recheado com Cuca, Saci, Sapo Cururu, Bicho Barrigudo, Bicho Pássaro, todos personagens pintados pela artista. Tem trem, cidade e cidadãos inspirados na ideia que Tarsila tinha de zona urbana, contando, de forma lúdica, por onde passou a mente dessa grande artista brasileira.

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