POMPEIA – Pompeii

Cartaz do filme POMPEIA – Pompeii

Opinião

Quem já foi a Pompeia sabe da curiosidade que o lugar suscita. Ao andar pelas ruínas do que sobrou após a erupção do  Vesúvio em 79 a.D. Depois de totalmente destruída e coberta pelas lavas e cinzas cuspidas pelo vulcão, conseguimos ver a configuração da cidade, a estrutura de pedra das casas, o trilho das carroças marcado nas ruas, alguns corpos entrelaçados. A história é boa, remete aos tempos dos gladiadores, do império romano e de toda a grandeza, riqueza e podridão que vem junto com ele.

Mas o problema de Pompeia é o olhar do diretor Paul W.S. Anderson. Dava pra fazer um filme bom, com emoção genuína, atores convincentes. O tema “império romano e suas conquistas e mazelas” é rico e rende bons frutos. Vide  Gladiador, de Ridley Scott. O momento é parecido e as intrigas, as mesmas. Fora o “detalhe” do Vesúvio, claro, que dá a Pompeia a cereja do bolo. Ou seja: teria um momento histórico bacana, com o drama do vulcão em erupção. Por que é que não emociona como Gladiador? Pois é. Fiquei impaciente na cadeira, louca para que o escravo-gladiador-herói fosse logo vencido pelo vulcão.

Em filmes assim tem que ter ator bom. Senão não convence, vira aquele novelão chato de assistir, mesmo sendo uma superprodução. Não restou nada nem ninguém para contar a história dos escravos de matando nas arenas italianas, da corrupção escandalosa, das cabeças cortadas em nome do poder de Roma, nem mesmo dos amores impossíveis. O Vesúvio varreu tudo do mapa, inclusive qualquer tentativa minha de dizer que “vale o seu ingresso”. Se quiser muito ver, pode esperar pra ver no conforto da sua casa. Nem o 3D do cinema salva. E tem outra: com tanto filme bom no cinema, recomendar este aqui seria, no mínimo, um deslize.

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