OS MENINOS QUE ENGANAVAM NAZISTAS | un sac des billes

Cartaz do filme OS MENINOS QUE ENGANAVAM NAZISTAS | un sac des billes

Opinião

Tem uma lista no Cine Garimpo que fala de histórias contadas sob o ponto de vista da criança, Quando a Criança é quem dá o Tom. Muda tudo, o olhar infantil. Tem uma doçura que o adulto perde com o tempo – e parece que o grande exercício da vida é correr atrás desse resgate pra não endurecer de vez. No exercício de sempre de encontrar uma palavra ou expressão que represente o filme, aqui eu diria justamente ela, a doçura.

Por isso que a gente chora. Faz olhar pra dentro. Na mais amarga e cruel das situações, quando a família é obrigada a se separar para não morrer, quando os irmãos e pais se dividem, se escondem e fogem sem saber se sobreviverão, Jojo, o mais novo de quatro irmãos, filhos de judeus, durante a Segunda Guerra na França, é quem dá o tom da história. Real, diga-se de passagem – inclusive, o filme é baseado no bestseller homônimo escrito justamente por Joseph Joffo. As histórias de superação se repetem, mas a emoção de entrar em contato com elas é sempre nova – e forte, muito forte.

Praticamente um roadmovie de fuga, Joseph Joffo precisa chegar no sul da França com o irmão, para não ser enviado ao campo de concentração. Um Saquinho de Bolas de Gude (se fosse manter em português, diria somente Bolas de Gude) é o título original em francês. Traduz a sensibilidade do filme, na importância da família, do convívio e a força das memórias afetivas. No fim das contas, é isso que torna possível lutar pela sobrevivência, sem perder a doçura da afetividade.

 

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