OS JOVENS AMANTES – LES JEUNES AMANTS

Cartaz do filme OS JOVENS AMANTES – LES JEUNES AMANTS

Opinião

OS JOVENS AMANTES é essencialmente a favor do amor e contra o etarismo. Shauna tem 71 anos e Pierre, 45. Eles se apaixonam. As perguntas que eu me fiz sobre o filme são duas. É possível que um homem se apaixone por uma mulher bem mais velha que ele? Esta mulher, na casa dos 70, pode encontrar o amor novamente?

Foram as perguntas que fiz para a diretora Carine Tardieu, quando ela esteve no Brasil para apresentar o filme no Varilux. “Esta história tem uma inspiração num caso real escrito pela diretora Sólveig Anspach sobre sua mãe que tinha se apaixonado aos 75 anos”, conta Carine. “Ela acabou falecendo antes de fazer o filme e  deixou claro que gostaria que a história fosse filmada por uma mulher.” Carine se apropriou da história e a transformou em algo que saiu do clima mais sombrio da história original. Sim, OS JOVENS AMANTES é um filme solar.

“Me interessava falar das coisas da vida que deixamos passar, do medo que temos de viver algumas situações quando elas se apresentam”, reflete. Sim, temos medo de nos aproximar, de nos envolver – “e, hoje em dia, em todas as idades”, lembra Carine. “A capacidade de uma mulher se apaixonar aos 75 anos é algo que traz esperança para as relações que andam tão complicadas”, diz ela. “Eu queria falar sobre isso em primeiro lugar.”

É solar e contagiante — e com a atriz Fanny Ardant neste papel é ainda mais impactante (Fanny faz também o filme Os Belos Dias, em que vive uma situação parecida). As outras mulheres da história são transformadas por esse amor, que irradia e muda profundamente a relação que elas têm com suas vidas e com seus próprios relacionamentos. Algo que acontece com o cinema, quando assistimos a uma história como esta e nos projetamos em algum lugar da narrativa, com aquela sensação de já ter vivido um amor impossível em algum lugar do coração. Sobre Pierre, uma declaração: que personagem masculino generoso, sensível e honesto!

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