MILLENNIUM – OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES – The Girl with the Dragon Tattoo

Cartaz do filme MILLENNIUM – OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES – The Girl with the Dragon Tattoo

Opinião

Eletrizante – assim como a versão sueca para o cinema do primeiro livro da trilogia Millennium, do autor Stieg Larsson, filmada em 2009. Agora ganhou a versão na linguagem do cinema americano, com mais recursos, dinheiro, efeitos. O que não é ruim, muito pelo contrário. Adorei o Daniel Craig (também em Munique, Cowboys & Aliens) no papel do jornalista dono da revista Millennium. Processado por um empresário poderoso por calúnia, acaba sendo contratado para investigar o mistério do sumiço de uma adolescente há 40 anos, na família de outro magnata. Está incrível, absolutamente convincente nesse papel de detetive, que começa na propriedade da família ao norte de Estocolmo e acaba tomando dimensões um tanto quanto perigosas.

Ainda mais contando com a ajuda da tal garota da tatuagem de dragão (conforme título em inglês), Lisbeth Salander (Rooney Mara, indicada ao Oscar de melhor atriz). Uma figura esquisita, antissocial, uma hacker de primeira linha, capaz de absolutamente tudo quando se trata de desmantelar a vida de alguém – para dizer o mínimo. Aliás, aqui cabe uma observação: o título em português é uma adaptação do original sueco, “Homens que odiavam mulheres” e não da versão em inglês. Interessante, porque cada um deles enfatiza um viés da história, ora dos culpados, ora as vítimas. Achei bacana saber que, na cabeça de Larsson, os homens eram os grandes protagonistas do livro, chamando a atenção para a crueldade dos crimes sexuais contra mulheres (do qual ele foi testemunha e em que teria se inspirado para escrever a série).

Indicado ao Oscar de melhor fotografia, edição, mixagem e edição de som, Os Homens que não Amavam as Mulheres é um suspense pra ninguém colocar qualquer defeito. Seria intriga da oposição. E digo mais: adorei assistir aos dois. Embora haja uma diferença no final, gosto das duas maneiras de contar a história, da linguagem europeia e da americana, em que o diretor David Fincher, de A Rede Social, deixa a sua marca de arrepiar.

 

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