O ÍDOLO – The Idol

Cartaz do filme O ÍDOLO – The Idol
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Opinião

O mais bacana desses filmes que falam do Oriente Médio é que eles falam do Oriente Médio por meio de algo com que a gente, do lado de cá do mundo, também se identifica. Falar da juventude em qualquer cultura aproximar os povos, como em Uma Garrafa no Mar de Gaza, por exemplo. Só mais universal do que o jovem, acho que é a música – coisas que caminham juntos, não por acaso. Dá aquela sensação de compreender um pouco de uma realidade bem distinta, o que é uma oportunidade de realmente olhar para o diferente com outros olhos.

Falando em olhar, O Ídolo traz essa perspectiva da superação de dificuldades. Não tem lá muito novidade, segue uma linha cronológica desde a infância e Mohammed Assaf e doura a pílula um pouco no quesito destruição e miséria por que passa o povo palestino. Mas, tirando isso, conta a verdadeira a história do menino de Gaza que sonhava em ser cantor profissional e se apresentar na Ópera do Cairo. Tanto ele faz – e tanto conta com a determinação da família – que consegue inscrever-se no concurso musical Arab Idol, “fugir”de Gaza para se apresentar na audição no Egito e finalmente vencer a competição.

O diretor do filme, Hany Abu-Assad, também de Paradise Now, que foi nomeado para o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2006 e tem uma pegada bem diferente e realista –, também é palestino, nasceu em Nazaré. Consegue trazer emoção para o drama, mesmo que tenha, sim, alguns clichês – que além de ser humano, universal enquanto luta por um lugar ao sol, pela liberdade de ir e vir, pelo sonho, pela justiça, traz pra perto uma realidade que a gente, aqui do outro lado, mal consegue dimensionar e que o cinema é capaz de traduzir.

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