NOVA YORK, EU TE AMO – New York, I Love You

Cartaz do filme NOVA YORK, EU TE AMO – New York, I Love You

Opinião

De novo Nova York. Há tempos que espero a chegada deste filme nas locadoras. O interessante aqui, além do filme em si, é que existe um conceito por trás dele. Há algumas cidades que são um roteiro de cinema por si só, que já têm uma identidade, que contam uma história naturalmente. A ideia do produtor francês Emmanuel Benbihy é reunir vários curtas, de diferentes diretores, sobre uma só cidade. Editados, esses curtas metragens têm a função de mostrá-la sob perspectivas e olhares diferentes e formar um verdadeiro mosaico no projeto que chamou de Cities of Love.Diferente de Paris, Eu Te Amo, que tem uma marcação bem formal no início de cada um dos curtas – o que ajuda a localizar o diretor e sua criatura – a versão nova-iorquina é como Nova York. Tudo se mistura, não se sabe quem é o diretor de cada história, alguns personagens se repetem e outros quase que invadem o enredo do outro (como a aspirante a cineasta, que capta as imagens de todas as histórias) – uma miscelânea de pessoas, situações, amores e conversas. A cara de Nova York.

Algumas das histórias destoam do restante, é verdade. Mas não comprometem o todo porque a maioria é harmoniosa e trata de temas que pertencem a cada um dos habitantes da cidade. Aliás, como disse um personagem, o bom de Nova York é que cada um vem de um lugar diferente. Os temas são universais como o amor já eterno entre um casal já na terceira idade, o primeiro amor, o amor ainda batalhado dia a dia, o amor fraternal; as diferentes religiões e raças e suas peculiaridades; a cultura na forma de literatura, pintura, cinema, música, dança; o estrangeiro na forma do tão emblemático yellow cab.

Há outras cidades na lista do projeto. Terão sua alma revelada Xangai, Jerusalém e Rio de Janeiro. Segundo o produtor Emmanuel Benbihy, a escolha das cidades tem uma razão muito simples de ser: Paris é a cidade do amor; Nova York, das comédias românticas; Rio, do amor sensual; Xangai, do amor exótico; e Jerusalém, do amor espiritual. Não deixa de ser uma boa justificativa. Um retrato moderno e inteligente do amor ao redor do globo.

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