LARRY CROWNE – O AMOR ESTÁ DE VOLTA – Larry Corwne

Cartaz do filme LARRY CROWNE – O AMOR ESTÁ DE VOLTA – Larry Corwne

Opinião

Tenho dito que falta imaginação na tradução dos títulos e criatividade na hora de pensar em subtítulos. Somente Larry Crowne em português talvez não tivesse um apelo comercial desejável, é verdade. Talvez deixar só Medianerasno título do ótimo filme argentino, não signifique nada em português, como em espanhol – por isso optaram pelo subtítulo Buenos Aires na Era do Amor Digital. Mas por que teimam em distorcer o original quando ele parece realmente sugestivo? Isso acontece em Amor a Toda Prova quando em inglês é bem melhor: Crazy, Stupid Love; em Um Sonho de Amor, quando em italiano a personagem é o amor em Io Sono l’amore. Sem falar dos títulos originais sem qualquer imaginação como Onde Está a Felicidade? e o sem nexo como Reencontrando a Felicidade, filme com Nicole Kidman, que não tem nada a ver com a triste história da perda de um filho e com o título original, Rabbit Hole? Parece que incluir “felicidade” e “amor” nos títulos e subtítulos se tornou uma aposta de boa bilheteria…

Tudo isso para dizer que o novo filme com os astros Tom Hanks e Julia Roberts prescinde de subtítulo. O chamariz são eles próprios. E ponto. Aliás, eles são os típicos atores que chamam bilheteria por si só. Prescinde e nos pouparia de um subtítulo clichê. Mas o fato é que foi chamado de Larry Crowne – O Amor Está de Volta, referenda a minha tese acima e não há nada que possamos fazer a respeito. Conta a história de Larry (Tom Hanks), um ótimo sujeito já na casa dos 40, que é despedido sem aviso prévio de uma rede de hipermercados. A justificativa está no fato de ele não ter nível superior. Frustrado, sozinho e com problema financeiro, dá a volta por cima e matricula-se em um curso de oratória na faculdade. Sempre bem humorado, faz amigos, renova o visual e encanta-se com a professora Mercedes (Julia Roberts), que passar por um momento delicado com o marido parasita, vive emburrada, de mal com a vida e há tempos não sente que suas aulas fazem diferença para alguém.

Desse convívio saem algumas situações divertidas e engraçadas; outras, bem previsíveis. Não acho que esteja na lista do que os dois já fizeram de melhor. Lembro alguns em que Tom Hanks é absolutamente inesquecível, como Sintonia de Amor, Forrest Gump – O Contador de Histórias, FiladélfiaNáufrago; Julia Roberts se consagrou com o belo Uma Linda Mulher, mas fez também os ótimos Closer – Perto Demais e Um Lugar Chamado Notting Hill, além de Comer Rezar Amar, Onze Homens e Um Segredo, entre outros. Nos Estados Unidos, parece que os americano não gostaram muito de ver um filme abordar a questão do desemprego e da crise – os números indicam que a bilheteria decepcionou. Mas acho que nós, brasileiros, não vamos nos importar com isso. Aliás, quem é que falou em crise? O que pesa aqui é o chamariz dos dois atores e a vontade de assistir a um filme leve e descompromissado. Afinal, tem horas que é isso mesmo que a gente quer fazer!

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