JERUSALÉM – Jerusalem
Opinião
De novo o tema da imigração, já que Bille August é também diretor de Pelle, O Conquistador (1987), só que desta vez é para a Terra Prometida. Mas Jerusalém é também um filme de amor, muito embora seja a religião, fé, crença os grandes motores da narrativa. Até por isso acho que o diretor optou por planos extensos, sugerindo reflexão e observação do personagem, dentro da proposta de vida das pessoas dessa pequena comunidade sueca, no começo do século 20.
Gertrud e Ingmar são criados juntos, se apaixonam e tinha absolutamente tudo para continuar juntos. Mas a chegada de um pregador fervoroso mexe profundamente com a fé dos habitantes dessa pacata e tradicional sociedade e acaba os distanciando cada vez mais. Indicação sueca para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro naquele ano, Jerusalém expõe não só a vida cotidiana e crenças da comunidade que gira em torno do culto e da figura do pregador, como a possibilidade de escolha e suas consequências. Ao seguirem para a Terra Prometida, os cristãos integram uma leva de peregrinos que lutam para coexistir na cidade sagrada com judeus e muçulmanos.
Em tempos de Festival de Cinema Judaico, um filme interessante sobre o tema. Longo, é verdade. E lento, no ritmo dos filmes nórdicos. Mas sensível e bonito. Vejam o trailer abaixo – infelizmente não é legendado, mas tem um visual que pode dar uma boa dica do tipo de filme.
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