INVENCÍVEL – Unbroken

Opinião
Louis Zamperini tem uma história espetacular em Invencível. Como já aconteceu outras vezes, histórias de vida incríveis não garantem filmes incríveis. Pelo contrário. O desafio é ainda maior. Quem não se lembra do que aconteceu com O Mordomo da Casa Branca? O sujeito trabalhou no mais alto escalão na política norte-americana por sete mandatos, tem muita história pra contar, mas o filme não passou de um folhetim.
Mas Angelina Jolie até me surpreendeu e fez um filme honesto. Consegue emocionar com o personagem persistente e vencedor que é o atleta olímpico Louis Zamperini. Integrante da equipe americana de atletismo nas Olimpíadas de Berlim, Zamperini veste a farda quando estoura a guerra e acaba naufragando em mares japoneses em um dos combates. Com mais dois colegas, fica 47 dias à deriva, até que é resgatado por tropas inimigas e é feito prisioneiro em campos de trabalho forçados das tropas do Eixo.
Invencível tem esse viés interessante da vontade de viver. Baseado no livro escrito por Laur Hillenbrand, Zamperini não se rende à fome ou ao frio, aos maus tratos ou privações, às humilhações do carrasco japonês ou à tentação de virar casaca. Tem um sentimentalismo carregado, mas achei até que não foi tão exagerado assim. Sabendo que se trata de uma história real e que Zamperini esteve vivo até o ano passado e acompanhou a produção do filme, o personagem é pra lá de interessante e prende a atenção – apesar de ser bem previsível. Imagine o que seria feito dele nas mãos de alguém como Steven Spielberg, por exemplo?
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