ILHA DO MEDO – Shutter Island
Opinião
Quando assisti ao trailer de Ilha do Medo pela primeira vez, confesso que me remeteu ao outro filme do diretor, O Cabo do Medo. Desisti de assistir – filmes que geram medo, que têm psicopatas aterrorizando famílias por vingança nunca foram meu gênero. O que me fez mudar de ideia foi a informação de que o forte de Ilha do Medo era mesmo a amarração do enredo. Dito e feito: é realmente um suspense de tirar o fôlego.
Leonardo DiCaprio conduz o filme. Ele é um detetive federal, convocado para fazer uma investigação em um hospital psiquiátrico localizado numa tenebrosa ilha. Vai com seu parceiro e lá começa a se lembrar do seu passado de guerra (estamos no ano de 1954), do Holocausto, da mulher que morreu. Baseada no livro “Paciente 67”, de Dennis Lehane, a ilha não dá propriamente medo – por isso não gostei desta tradução. Ela gera suspense, tensão, dúvida entre o que é real, o que é imaginário. Gera aquela angústia ao sentir a loucura da mente humana, as alucinações possíveis e impossíveis, a barbaridade dos tratamentos psiquiátricos daquela época.
Mas não medo. Vale dizer que não tem terrorismo psicológico com o espectador – o que para mim foi um alívio. Em poucas palavras, até para não falar demais, concluí que o filme tem dois trunfos: enredo muito bem amarrado e suspense inteligente. Inteligente a ponto de confundir até os mais atentos..
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