FALE COM ELA – Hable con Ella

Cartaz do filme FALE COM ELA – Hable con Ella
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Opinião

“ – Precisamos conversar um dia desses. Será mais simples do que imagina.

–  Nada  nessa vida é simples. Sou professora de balé e sei que nada é simples.”

Neste Almodóvar não há histeria. As mulheres, sempre fio condutor da história, estão em coma. Irreversível, clinicamente falando. A bailarina, por causa de um acidente de carro; a toureira, por causa do touro. Na mesma clínica, suas sobre-vidas se entrelaçam na pele daqueles que cuidam delas. O enfermeiro Benigno é obcecado pela bailarina Alicia e o jornalista Marco apaixonado pela toureira Lydia. Muito diferentes um do outro, lidam com a falta do amor de forma distinta, combatem a frustração cada um à sua maneira. Mesmo assim, surge o vínculo de amizade e um final alentador, uma esperança de reconciliação da alma, de calmaria, de comunicação sem tantas falhas, sem que o “fale com ela” precise ser um monólogo e se transforme num diálogo, elo mais genuíno das relações.

Lidar com as relações realmente não tem nada de simples. É como o balé: delicado e meticuloso, exige dedicação e perseverança. Mas o filme passa uma sensação de reconciliação, de que depois da tormenta vem, de fato, a calmaria. E de que nada do que aconteceu foi por acaso. A vida às vezes dá voltas, derrapa, parece não sair do lugar ou ir em direções aparentemente inúteis. Quando tiver essa impressão, alto lá! Você vai entender lá na frente. E quem sabe, quando vir Fale com Ela novamente, ou pela primeira vez, já entenda do que eu estou falando.

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