ENTRE ABELHAS

Cartaz do filme ENTRE ABELHAS
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Opinião

Não é drama. Nem exatamente uma comédia – embora o personagem de Fábio Porchat faça algumas piadinhas. Mas esse não é o maior problema de Entre Abelhas – o filme pode misturar vários gêneros e emoções sem problemas. A questão é que a história é esquisita, não convence no roteiro, não convence na trama. O que é  melhor no filme são as cenas com Irene Ravache, que faz a mãe de Bruno, personagem de Porchat. Não diria que ela salva o filme como um todo, mas faz quadros engraçados.

O que mais incomoda não é ver o humorista do momento num papel chamado “dramático” – acabei de publicar o filme Cake, em que a comediante Jennifer Aniston faz um drama. Competente. Porchat também pode, afinal ser artista é ser camaleão. O que incomoda é a pretensão do roteiro, que tem um desfecho  que não chega em lugar nenhum, nem sugere, nem explica, nem deixa gosto de quero mais. Passo Entre Abelhas sem medo de errar.

Pra quem quer saber mais da história, aí vai: Bruno acaba de se separar, mergulha na vida de solteiro com seus amigos, mas o que ele quer mesmo é voltar com a mulher. No meio desse processo de sofrimento – mas nem tanto – as pessoas começam a ficar invisíveis. Mas só para o Bruno. Começam a sumir das fotos e da sua vista. Parece uma fábula da modernidade, da invisibilidade das pessoas diante dos outros – ou seria do egocentrismo das pessoas que não querem enxergar o outro? Não sei se o filme pega. Se foi um projeto autoral, daqueles sonhados, então o sonho está realizado. Que fique por isso mesmo.

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