EM BUSCA DA VIDA – Sanxia Haoren

Cartaz do filme EM BUSCA DA VIDA – Sanxia Haoren
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Opinião

A Hidrelétrica de Três Gargantas é a maior do mundo, no rio Yang-Tsé, o maior da China. A obra durou 12 anos e tem a função de prevenir enchentes,  fornecer energia e facilitar o transporte fluvial de pessoas e mercadorias. Portanto, está intimamente ligada com o desenvolvimento social e econômico chinês. É tão emblemático quanto majestoso – um divisor de águas entre a China agrícola e rural e a industrial e global.

Em Busa da Vida mostra essa faceta interessante do que resta dos vilarejos alagados com a formação da represa, o que resta das famílias, o que resta das profissões. Quem antes vivia nas aldeias às margens do rio Yang-Tsé, plantava e vivia a cultura chinesa da área rural; com a instalação da usina, cria-se um exército de demolidores – trabalhadores contratados para demolir o que vai sumir debaixo das águas quando o nível do rio subir.

Parece ficção para construir a realidade dessa região. Mas a desconstrução dos vilarejos para a construção de uma obra dessa magnitude mostra a descontrução de muitas famílias e de muitas vidas. Um dos protagonistas do filme vai atrás da filha, que já não mora na aldeia alagada há anos; a outra, vai à procura do marido, que saiu e nunca mais voltou. E uma procura pela identidade das pessoas nessa nova sociedade que nasce sem pedir passagem. Salve-se quem puder.

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