DETONA RALPH – Wreck-it Ralph
Opinião
Talvez a gente tenha que explicar para as crianças o que é, ou era, um fliperama. Sou da era do Pac Man, o que explica tudo – e me fez dar muita risada com este filme. Para a geração atual que está acostumada a navegar num mundo virtual absolutamente realista, 4D, com imagens perfeitas, simulações e tudo mais que os computadores e videogames permitem, o visual primário, rústico, eu diria até “infantilizado” dos fliperamas pode ser um choque. Vão achar que somos de outro século. E terão razão.
Mas os fliperamas eram o que tínhamos de mais sofisticado, por isso acho que Detona Ralph é ideal para se ver em família nas férias: os pais curtem a nostalgia, vão se deliciar com as discussões entre os personagens dos fliperamas e com a criativa visualização dos bastidores dos jogos, e as crianças vão curtir a história do vilão Ralph, que está cansado de ser o malvado e quer ganhar medalhas como os outros integrantes do seu jogo Conserta Félix Jr.
Vale dizer que esse atmosfera retrô não deixa de lado os videogames. Pelo contrário, mostra como é que os diversos personagens do mundo eletrônico se encontram após o “expediente” e como são os bastidores da sua “vida” real. Esse é o grande charme do filme – assim como Toy Story mostra a vida dos brinquedos sem os humanos, Detona Ralph mostra a vida oculta dos personagens de jogos eletrônicos.
Ao invadir um jogo de guerra, Ralph arma confusão, encontra um outro vilão disfarçado, entra de gaiato em uma corrida maluca (e doce) e faz uma amizade inusitada com uma garotinha muito graciosa e teimosa. Dá uma olhada no trailer e você logo vai entender de que época eu estou falando.
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