DE CORAÇÃO ABERTO – À Coeur Ouvert

Cartaz do filme DE CORAÇÃO ABERTO – À Coeur Ouvert

Opinião

Além de viver intensamente o amor pelo charmoso cirurgião Javier, Mila não quer acreditar que seu marido está desmoronando profissionalmente por causa do álcool. Isso é o elemento que faz De Coração Aberto ser forte e intenso. E o que faz com que Julieete Binoche (também em Cosmópolis, Elles, Cópia Fiel, Horas de Verão, Paris, O Paciente Inglês), na pele de Mila, tenha uma atuação tão marcante.

Adiciona-se a isso o fato de seu marido Javier ser vivido pelo venezuelano Édgar Ramírez (também no ótimo Carlos e A Hora Mais Escura), que dá o tom do romance impulsivo, vivido a cada instante, mas que se despedaça e não tem agilidade ou força para se reinventar. O casal tem uma boa liga, o que é fundamental para que o espectador entre no filme. Afinal, é uma história de amor entre dois cirurgiões cardíacos, que tapa o sol com a peneira na tentativa de não ver o lado sombrio da rotina, do vício, do fracasso e se desespera ao ver seu amor ser dividido com a notícia de uma gravidez indesejada.

Novidade mesmo, o roteiro não tem. Mas gosto bastante da intensidade das cenas em que o casal se depara com o pior dos mundos.  São verdadeiras, bem trabalhadas. Para quem gosta da incansável atriz francesa Juliette Binoche, que não para de trabalhar e apresentar novos projetos todo ano, é um prato cheio. E claro, o título prescinde de qualquer explicação.

 

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