DANÇANDO NO SILÊNCIO – HOURIA

Cartaz do filme DANÇANDO NO SILÊNCIO – HOURIA

Opinião

O filme DANÇANDO NO SILÊNCIO teve uma sessão na SALA CINE GARIMPO e foi especial. Especial porque à medida que vamos discutindo sobre o filme, expondo a linha de raciocínio que o filme sugere e inspira, vamos descobrindo quantas sutilezas a história apresenta e como ela se comunica conosco.

É da Argélia e parece distante. Mas não é. A diretora Mounia Meddour (também de Papicha) conta a história da Houria, uma jovem que trabalha como camareira, mas sonha em ser bailarina. Entre ensaios, risadas e companheirismo, um dia a casa cai: Houria sofre um acidente, a vida muda drasticamente e ela precisa decidir o que fazer com esta nova condição.

O que a diretora faz é construir uma narrativa em que o silêncio das personagens representa a invisibilidade feminina — mulheres sem voz numa sociedade machista e numa juventude que não encontra futuro no seu país. Do silêncio surge a dança, como linguagem universal pra conectar mulheres. É a sororidade em ação, na força que têm mulheres unidas por uma paixão em comum.

São vários os símbolos, mas o que eu mais gosto é o da dança. A rigidez do balé clássico se transforma na liberdade criativa e de expressão da dança contemporânea, que ganha significados com a dança da linguagem dos sinais. Mais forte que palavras, o corpo se expressa, conecta e rompe barreiras.

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