CRUZADA – Kingdom of Heaven

Cartaz do filme CRUZADA – Kingdom of Heaven

Opinião

França, 1184. A Europa está em plena Guerra Santa e os cruzados europeus partem em direção à Jerusalém para protegê-la do ataque muçulmano. De quebra, buscam a salvação divina, em uma época em que matar um infiel não é assassinato, mas o caminho para o céu; em que chegar à Terra Santa é promessa de um novo mundo e de redenção dos pecados.

Cruzada mostra a faceta desse reinado cristão mantido pelos cruzados nos séculos 12 e 13, que visava construir um mundo melhor, onde cristãos e muçulmanos pudessem conviver em paz; um reinado da consciência e da paz e não da guerra. Isso é o que pensava o rei de Jerusalém, que sofria de lepra e pedia a seus vassalos barões – entre eles Baliam (Bloom), o ferreiro francês que herda as terras de seu pai, um nobre cavaleiro inglês (Liam Neeson) – que defendessem os peregrinos e os indefesos. Na tentativa de manter a paz entre os povos e evitar as batalhas, os interesses políticos falavam mais alto, ditavam as regras e determinavam o poderio militar.

Filmes que retratam a Idade Média sempre têm batalha, espada, sangue, enforcamento, muita produção e muita intriga – sempre em nome de Deus. Para quem gosta do gênero, vale ver pelo retrato da época, pela riqueza de detalhes, pelas fortalezas, pelas roupas. Mas também pela ironia que é pensar que 900 anos se passaram sem que fosse possível encontrar a fórmula da tolerância entre cristãos, judeus e muçulmanos na região. Parece que nada mudou desde então.

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