CAFÉ – Caffè
Opinião
São três histórias em que o café é o pano de fundo. Bélgica, Itália e China são amarradas pelo aroma, sabor e valor do café – além, ou talvez, principalmente, de entrelaçadas pela memória afetiva que ele produz. E produz mesmo, aciona a mais profunda e sentimental memória.
Café, do diretor italiano Cristiano Bortone (também do lindo Vermelho como o Céu), é daqueles filmes que vai contando um pouco de cada história, até que algum fator as une e constrói o todo. Na Bélgica, a narrativa passa por imigrantes – a loja de um senhor de origem árabe é saqueada, tudo é roubado durante um tumulto, inclusive um bule de café há gerações na família e de grande valor sentimental. Quem rouba é outro imigrante e Iraqi tenta fazer justiça com as próprias mãos. Na Itália, Renzo é barista, está desempregado, muda de cidade com a namorada para tentar uma nova vida e vai trabalhar numa importadora de café. Na China, Ren Fei é nasce pobre e fica rico, trabalha na empresa do sogro e esbanja dinheiro, e tem a missão de resolver um problema numa fábrica que pode poluir toda a região do vale de Yunnan, onde se produz justamente café.
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