AS SUFRAGISTAS – Suffragette

Cartaz do filme AS SUFRAGISTAS – Suffragette

Opinião

“Se deixarmos as mulheres votarem, será uma perda da estrutura social”, diziam os homens do parlamento britânico no final do século 19. Em tempos em que a mulher não tinha nem o direito sob seu próprio filho, pensar no voto era algo realmente muito ousado. Cansadas de serem ignoradas e maltratadas, foram à luta, deram a cara pra bater e fizeram história. Chamadas de Suffragettes, elas se sacrificaram pelo direito ao voto. Básico, não?

Baseado nesses episódios, As Sufragistas ilustra uma época de total desequilíbrio social, em que as mulheres só tinham um dever: a obediência. O resto, quem fazia era o homem. Carey Mulligan (também em Drive, Educação, Inside Llewyn Davis) é a atriz que assume a protagonista Maud, que trabalha em uma lavanderia desde os sete anos, percebe a movimentação das colegas ativistas e se engaja, quase que por acaso, no movimento liderado pela personagem de Meryl Streep (que mal aparece). O encantamento com a possibilidade de levar outra vida é enorme, ela veste a camisa das sufragistas e paga um preço alto por isso.

Impressionante como tema é contemporâneo, ainda mais se pensarmos que na Arábia Saudita, por exemplo, mulheres foram eleitas para cargos públicos pela primeira vez neste mês de dezembro. Sem ser feminista, o filme da roteirista Abi Morgan (também de A Dama de Ferro, Shame) é simplesmente feminino, porque não levanta a bandeira da diferença, mas sim da igualdade.

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