AD ASTRA – RUMO ÀS ESTRELAS
Opinião
Por Suzana Vidigal, de Veneza
Ad Astra significa “rumo às estrelas” e é pra lá que Brad Pitt vai. O ator é Roy McBride, um astronauta ultra focado no trabalho, que passa mais tempo no espaço do que no planeta Terra e tem dificuldades de se relacionar. É frio, objetivo, controlado. Sobrevive a uma missão de instalar a maior antena do espaço, quando seus colegas são mortos por uma estranha descarga elétrica. Roy é escalado pra desvendar o mistério que está relacionado com um projeto que seu pai, também astronauta, liderava há 30 anos.
Passado no futuro, quando a rota Terra-Lua é comercial, Ad Astra – Rumo Às Estrelas nos transporta para o espaço literalmente – e para a mente de Roy. Solitário, encara a missão e vai sinalizando que os relacionamentos não são seu forte. A missão espacial é a forma de se reconciliar com o pai que dava mais importância ao trabalho do que à família, e de pensar sobre a solidão.
Mais um filme sobre o infinito repertório dos relacionamentos familiares e do seu inexorável impacto na vida das pessoas. É bonito, uma homenagem aos 50 anos do primeiro homem na Lua, mas é preciso apreciar filmes de ficção científica. De cunho intimista, o personagem de Brad Pitt. Com o pano de fundo de um futuro não muito distante, James Gray fala de questões sempre presentes.
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