A TRAVESSIA – The Walk
Opinião
A história de A Travessia já foi contada uma vez, no documentário O Equilibrista de 2008, que ganhou o Oscar de melhor documentário naquele ano. Mas isso não invalida a ficção, muito pelo contrário: complementa. Junte os dois títulos e chegamos no enredo desta aventura: A Travessia e O Equilibrista. Philippe Petit, super ousado e super competente, resolve traçar um plano para superar todos os seus feitos anteriores, que não eram poucos: desta vez ele quer simplesmente colocar um cabo de aço entre as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York.
Tudo isso aconteceu em 1974, um ano depois da inauguração das torres. Petit (Joseph Gordon-Levitt, também em Como Não Perder Essa Mulher, 500 Dias Com Ela) ficou famoso não só porque enfrentou as autoridades americanas, porque essa tipo de aventura é ilegal, mas principalmente porque desafiou a lei da física – vale lembrar que as torres que caíram nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 tinham, nada mais, nada menos do que 413 metros de altura.
Apaixonado pela profissão e obcecado com a ideia da travessia, junta alguns amigos e monta uma equipe bem amadora para ajudá-lo executar o plano de ação: ele teria que entrar no prédio, subir até o topo, driblar os vigilantes, posicionar o cabo de aço entre as torres e atravessar o vazio entre elas antes de ser preso pela polícia.
Vou te dar três motivos para justificar que o filme vale o seu ingresso: o primeiro é que o diretor Robert Zemeckis, também de Náufrago e O Voo, é muito eficiente na construção do personagem – consegue transmitir a persistência e a determinação de Philippe – características fundamentais pra fazer q gente acreditar nesse plano mirabolante; o segundo é os acontecimentos estão sempre por um triz, literalmente – isso faz com que o suspense dessa história seja muito realista; e o terceiro é que as Torres Gêmeas não existem mais, e isso sempre gera uma sensação, no mínimo, esquisita. É de tirar o fôlego.
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