A SENHORA DA VAN – The Lady in the Van
Opinião
Quando Maggie Smith aparece na tela, já é um chamariz natural. A atriz inglesa não dá ponto sem nó e faz cinema para ser lembrada. É rabugenta em O Exótico Hotel Marigold, espirituosa em Minha Querida Dama, música em O Quarteto, sem falar na figura da inesquecível matriarca Violet, na série Downton Abbey. Mas A Senhora da Van parece que se ancora demais nesses personagens anteriores marcantes e fica sem personalidade – falta ritmo e, eu diria, até um pouco de brilho.
Ainda rabugenta, pouco se sabe deste novo personagem, Miss Shepherd. Alguns flashbacks vão indicando que um acidente fez com que ela decidisse viver dentro de uma van, estacionada em uma rua qualquer de Londres, como se fosse dona do pedaço. Apodera-se não só da rua, mas manda nos moradores, está sempre mal-humorada e cria um cria uma expectativa até que se saiba a sua trajetória.
Claro que Maggie é excelente atriz e tem uma boa história. Mas ficou arrastado, remete aos outros papéis no quesito humor e deixa Miss Shepherd um pouco à deriva. É mais pra ver em casa do que no cinema, mas é verdade também que Maggie Smith é sempre um espetáculo à parte.
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