A PARTILHA

Cartaz do filme A PARTILHA

Opinião

Quem tem irmãs, bem entende o que vou dizer. Aliás, toda vez que revejo este filme, lamento não tê-las. Tropecei novamente com A Partilha, adaptação da peça de Miguel Falabella, por causa de Glória Pires, que recentemente estreiou no belo Flores Raras. E vale cada minuto a cena da praia em que as irmãs, todas tão diferentes, se unem e se divertem cantando e dançando As Frenéticas na praia!

Quem não tem irmã, adota algumas de coração. É o jeito. Quem tem, vai se deliciar ainda mais com as cenas em que a mais velha Lucia (Lília Cabral), a alternativa Regina (Andréa Beltrão), a certinha Selma (Glória Pires) e a intelectual Laura (Paloma Duarte) têm que se encontrar para resolver a partilha de bens. A mãe morre e deixa no apartamento, onde grande parte do filme acontece, os pertences que vão fazer as irmãs viajar no tempo, rever seus relacionamentos, lavar muita roupa suja, jogar as cartas na mesa e descobrir que, apesar dos pesares, são uma família. Até o jogo de chá de bonecas trás lembranças e muitas risadas. Entre tapas e beijos, elas se divertem, brigam e resgatam o que têm em comum.

Delicioso de ver, A Partilha é um daqueles filmes despretensiosos, mas que acertam na mosca na dose de emoção e humor. Mesmo sem irmãs, não há como não se identificar com lembranças. Nem que seja para substitui-las por primas ou irmãs adotivas. Juntar-se com quem dividiu parte das histórias do passado é sempre um presente. Ainda mais ao som de Dancin’ Days!

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